quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Reynaldo G Reyes, piano

Sobre o concerto do dia 16 de novembro de 2011 do grande pianista filipino Reynaldo G Reyes.
Uma dos objetivos dos Concertos da Cidade é a formação de platéia e a desmistificação da música de concerto. Este blog pretende divulgar os eventos e falar um pouco sobre os autores e obras que serão interpretados.
Ludwig van Beethoven nasceu no dia 17 de dezembro de 1770 em Bon na Alemanha e falecei no dia 26 de março de 1827 em Viena. Beethoven nasceu no do período de transição entre o Classisimo e o Romantismo e é considerado um dos pilares da música ocidental, pelo incontestável desenvolvimento, tanto da linguagem, como do conteúdo musical demonstrado nas suas obras, permanecendo como um dos compositores mais respeitados e mais influentes de todos os tempos. "O resumo de sua obra é a liberdade," observou o crítico alemão Paul Bekker (1882-1937), "a liberdade política, a liberdade artística do indivíduo, sua liberdade de escolha, de credo e a liberdade individual em todos os aspectos da vida".
Para um pianista interpretar as sonatas de Beethoven é necessário ter mais que técnica. É fundamental, acima de tudo, que o intérprete seja cheio de virtuosismo e sensibilidade.
A sonata que iremos ouvir no concerto do dia 16 é dedicada a Haydn, ela fecha o ciclo de três sonatas Op.2, Beethoven parte da zona de conforto e tradicionalismo de Haydn e Mozart e embarca numa jornada que o levaria a reinventar a forma-sonata.
Chopin (1810-1849) – Liszt (1811-1886) Polonês, Chopin fez uma revolução na música tradicional para piano e criou uma nova arte do teclado. Sua música conquista as mais distintas audiências. A música de Chopin não é uma "música romântica", no sentido byroniano, não conta histórias ou pinturas de quadros . É expressiva e pessoal. Franz Liszt foi admirador e amigo pessoal de Chopin. Liszt transcreveu para o piano seis canções polonesas do compositor. My Joys é uma delas.
Claude Debussy nasceu em 1862 e morreu em 1918 na França. O talento pianístico de Debussy era grande mas seu temperamento não se adaptava as necessidades disciplinares do estudo puramente instrumental. Preferiria descobrir novas obras a passar horas praticando escalas e arpejos. Assim se expressou seu professor de piano: “Esse diabo de Debussy não gosta nada de piano mas muito de musica”.

Debussy compôs 24 Prelúdíos divididos em dois livros, o primeiro composto entre 1909 e 1910 e o segundo entre 1910 e 1912. Os prelúdios apesar de relativamente curtos abordam o piano nos mais variados processos técnicos, a meta essencial proposta pelo compositor é a busca da sonoridade. Os títulos, colocados ao final de cada prelúdio, são versos, evocações de paisagens, personagens de literatura, lendas, danças.
Jean Barraqué, um dos seus biógrafos, nos diz que “nos Prelúdios, acima de tudo Debussy procura uma renovação auditiva e a obtém, principalmente através dos contrastes sonoros. /.../ no plano musical, esses contrastes trazem uma grande fluidez à estrutura”.
Os prelúdios que serão interpretados pelo pianista no concerto são todos do segundo livro, com exceção do prelúdio minstrels, a ordem foi alterada pelo intérprete e serão assim apresentados:
La puerta del vino, este prelúdio contém aspectos da música espanhola, Debussy conhecia a Espanha através de leituras, quadros e danças, o clima típico deste prelúdio é reforçado pelos contrastes violentos de dinâmica, segundo o biógrafo José Eduardo Martins “dando toda a característica essencial encontrada em cantos e danças andaluzas”.
Ondine, segundo Martins, este prelúdio corresponde as lenda das belas ninfas das águas, possuidoras de palácios de cristal nas profundidades dos lagos. Seus cantos fascinavam os pescadores ou quaisquer homens que, encantados, perdiam-se nos abismos aquáticos. O Prelúdio Ondine emprega uma fluidez evocada na textura.
Bruyère é uma planta de flores rosa ou de cor violeta encontrada nas terras da Bretanha. Este prelúdio é calmo.
General Lavine-eccentric, único entre os prelúdios em que o personagem é real. Edward La vince, figura conhecida na época, era um misto de palhaço e soldado, trabalhava em um circo e chamou a atenção de Debussy. A obra é um retrato musical bem humorístico.
Minstrels, alegre e pleno de humor fino este prelúdio não sugere os menestréis e trovadores da idade média, na verdade, segundo Martins, Debussy se deixou influenciar pelos negros americanos, malabaristas e músicos que frequentavam a Europa no início do século XX.
Feux d'Artifice com sonoridades seletivas dentro de um turbilhão de recursos técnicos rápidos, este prelúdio está longe de ser a peça mais difícil tecnicamente de Debussy, contudo apresenta maior efeito.

Moritz Moszkowski nasceu em 23 de agosto de 1854 e morreu em 4 março 1925. Compositor, pianista e professor alemão judeu. Segundo Ignacy Paderewski “Depois de Chopin, Moszkowski melhor entende como escrever para o piano”. Embora pouco conhecido hoje, Moszkowski era muito respeitado e popular durante o século XIX. Sua obra é brilhante, escreveu mais de 200 pequenas peças para piano que lhe trouxeram muita popularidade em seu tempo. A obra que iremos ouvir no concerto é uma transcrição feita por Moszkowski de “La Chanson de Boheme” da ópera Carmem do compositor francês Georges Bizet ( 1838 – 1875)
Espero que gostem!!!! Até lá.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

CONCERTOS NA CIDADE TEMPORADA 2011


UFG e SESC Goiás
APRESENTAM

CONCERTOS NA CIDADE
TEMPORADA 2011

16/11/11 – QUARTA-FEIRA
20:30 HORAS

SESC CIDADANIA
Av.C-197, Qd.498,Lt.1/21, Jardim América.

Entrada Franca
Retirada de ingressos:
SESC da Rua 19
Contraponto da Rua 9
Secretaria da EMAC Campus II


30 minutos antes do concerto haverá bate papo com professores da Escola de Música e Artes Cênicas da UFG sobre autores e obras.


RECITAL DE PIANO
Reynaldo G Reyes

Gyovana Carneiro
Direção artística

Ana Flávia Frazão
Direção geral



Reynaldo G Reyes, piano
Natural das Filipinas, reside em Maryland, EUA. Atualmente é professor de piano na Towson University. Graduado pela Universidade de Santo Tomas High School e Conservatório de Música, onde obteve seu Bacharelado em Música Licenciatura, posteriormente recebeu uma bolsa do governo francês para estudar no Conservatório Nationale Superieur de Musique de Paris, na França, onde obteve o cobiçado Premier Prix de Piano e Deuxieme Prix de Musique de Chambre, Premiere Medaille em Solfege e leitura à primeira vista. Posteriormente recebeu uma bolsa do governo filipino para estudar no Instituto Peabody da Universidade Johns Hopkins em Baltimore sob Leon Fleisher. Lá, se formou com um mestrado em Música e foi laureado com o “Diploma de Artista”. Foram seus mestres: Fleisher, Julio Anguita Esteban, em Manila, Marguerite Long, Jean Doyen, Jacques Fevrier, em Paris e Mieczyslaw Munz de Nova York.
Reyes tem realizado concertos na Alemanha, França, Itália, Hungria, Inglaterra, Bélgica, Holanda, Rússia, Suíça, Brasil, Panamá, Indonésia, Japão, Coréia, Tailândia, Vietnã, Hong Kong, Macau, Filipinas, Canadá e em várias cidades dos EUA.
Reyes é o pianista mais premiado das Filipinas e foi nomeado um dos dez homens mais importantes de seu país. Recebeu o Prêmio Golden Cross dado pela Universidade de Santo Tomas, o maior prêmio que a Universidade concede em seus alunos. Ele é o único músico das Filipinas que foi premiado por três vezes como “Musician of the Year” (1957,1961,1965) pela Universidade das Filipinas. Entre outros prêmios internacionais estão: Segundo Prémio no Concurso Busoni Internacional na Itália, Quarto Prêmio no Concurso Marguerite Long em Paris e Prêmio Sétimo no Rio de Janeiro Concurso Internacional, primeiro prêmio em Música de Câmara da Rádio de Stuttgart, na Alemanha. Reye foi durante 20 anos o acompanhante Oficial da Metropolitan Opera Company Auditions Regional em Washington DC e é membro do Trio de Baltimore Towson University que realiza seis Concertos de Música de Câmara anual da Universidade em diferentes Escolas Superior de Maryland.
Reye possui um dos maiores repertório entre os pianistas de todo o mundo.



PROGRAMA



Ludwig van Beethoven (1770-1827)
Sonata in C Major, opus 2, no.3
-Allegro con brio
-Adagio
-Scherzo
-Allegro assai

Chopin (1810-1849) –Liszt (1811-1886)
My Joys

Claude Debussy (1862-1918)
Six Preludes
La puerta del vino
Ondine
Bruyeres
General Lavine-eccentric
Minstrels
Feux d'Artifice

Moritz Moszkowski (1854-1925)
La Chanson de Boheme( from Bizet's Carmen)